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Open Banking: vale a pena? É seguro compartilhar dados entre bancos?

Descubra se vale a pena compartilhar dados entre bancos e se é seguro compartilhar dados de um banco para outro com o Open Banking.

É óbvio que o Open Banking tem revolucionado o mercado financeiro, em âmbito mundial. Porém, muitos ainda têm dúvidas no que consiste e se é seguro compartilhar dados bancários com outras instituições. Vem com a gente, porque, hoje, vamos explicar os principais pontos do Open Banking e desmistificar qualquer receio que você tenha em relação à segurança, seja para abertura de novas contas, pagamentos instantâneos ou refinanciamento da sua dívida.

O que é Open Banking?

Open Banking, também conhecido como Open Finance, nada mais é do que “Sistema Financeiro Aberto”, em que os clientes compartilham suas informações bancárias (dados cadastrais, transações em conta, informação sobre cartões e empréstimos, cadastros, seguros, investimento, etc.) com outras instituições, as quais, por sua vez, passam a ofertar melhores soluções financeiras, de acordo com o perfil do interessado. Por exemplo, ao compartilhar mais dados sobre seu histórico de crédito, você pode garantir melhores condições para seus empréstimos futuros ou até mesmo refinanciar seu empréstimo atual com juros mais baixos!

O empoderamento dos clientes sobre os seus dados

O conceito por trás de “banco aberto” é o de que o cliente é dono de suas próprias informações financeiras e, portanto, tem liberdade para decidir o que compartilhar, com quem e quando. Assim, o usuário passa a ser seu próprio banco, com produtos e serviços provenientes de diversos players, escolhendo aqueles mais vantajosos.

O processo teve origem na Europa, em 2015, por meio aprovação da Diretiva de Serviços de Pagamento (PSD2) pelo Parlamento Europeu, que tratou da criação de um mercado único de serviços com pagamento integrado. Na prática, essa diretriz estabeleceu a abertura dos dados bancários entre as instituições, com a premissa de que o cliente é o dono dessas informações, além de abordar a segurança da informação no trato desses dados. O primeiro país a adotar o “Open Banking” foi o Reino Unido, em 2018, sendo referência mundial nesse sistema.

O Brasil iniciou o processo em fevereiro de 2021, com uma implantação de forma gradativa, dividida em quatro fases. Atualmente, estamos na primeira etapa da fase 4, já sendo possível disponibilizar dados sobre seguros, previdência, câmbio, investimentos, entre outros. O Banco Central é o órgão regulador e fiscalizador das entidades que atuam nesse ecossistema, garantindo maior segurança na sua implementação. Fiscaliza as instituições que concedem empréstimos e as que fornecem refinanciamento de crédito, bem como as que emitem cartões de crédito.

Motivos para aderir ao Open Banking

O Open Banking tem como principal reflexo estimular a competição entre as instituições financeiras, em um mercado onde, ainda, os cinco grandes bancos concentram a maior parte dos clientes. O acesso democrático a esses dados favorece fintechs chegarem até você, com soluções mais benéficas e personalizadas. É o que chamamos de uma relação win-win, em que ambos os lados saem ganhando.

Confira as vantagens:

  • O consumidor passa a ser o centro do mercado financeiro: não é preciso mais ficar “preso” a um banco, pois o seu histórico de relacionamento não é mais exclusividade dele. Você pode compartilhar seus dados com a instituição que lhe oferecer melhores condições;
  • Maior inclusão financeira: as pessoas passam a ter acesso a serviços bancários tradicionais, que antes eram mais complicados de se contratar. Além disso, não é necessário mais ser um cliente premium para poder usufruir de produtos diferenciados;
  • Facilidade na solicitação de empréstimos e demais serviços: devido à comunicação entre os sistemas, as instituições conseguem analisar suas informações com mais agilidade, dispensando a necessidade de toda aquela “papelada” para solicitar empréstimos e/ou novos serviços;
  • Oferta personalizada de produtos: com seu histórico financeiro em mãos, bancos e fintechs podem lhe oferecer cartão de crédito com mais benefícios, empréstimos com taxas de juros reduzidas, etc.;
  • Surgimento de novos modelos de negócios digitais: o enorme potencial de clientes e a desconcentração do mercado financeiro estimulam o surgimento de empresas inovadoras e segmentadas por áreas, como: marketplace de crédito, aplicativos de planejamento financeiro, plataforma de integração das contas digitais, entre outras;
  • Transparência dos dados: você pode visualizar para quem cedeu as informações, a finalidade e o tempo de compartilhamento.

Mesmo com tantos benefícios, ainda deve pairar uma dúvida recorrente na sua mente: será que é seguro compartilhar meus dados financeiros? A resposta é “sim” – e você só tem a ganhar com essa transmissão de informações.

Open Banking: segurança em primeiro lugar

O Banco Central é responsável por supervisionar toda a implantação do Open Banking no Brasil, realizar o cadastro e autorizar o funcionamento das organizações dentro desse ecossistema, além de fazer cumprir os protocolos de segurança da informação. O processo apresenta uma forte estrutura de governança formada por empresas de tecnologia, bancos e demais instituições financeiras.

O modelo brasileiro é considerado referência na América Latina, tanto no aspecto legal, quanto no tecnológico. Veja a seguir:

  • Segurança jurídica: as instituições que participam do Open Banking devem seguir uma série de diretrizes acerca da responsabilidade de compartilhamento de dados e da segurança cibernética, emitida pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central. Ademais, é obrigatório o cumprimento Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que protege a privacidade dos dados pessoais do usuário, proibindo o uso indevido e o vazamento. Isto é, somente poderão ser compartilhadas as informações autorizadas pelo próprio cliente – titular de seus dados;

  • Segurança tecnológica: As empresas que desenvolvem a API Open Banking, interface onde vai transacionar os dados dos usuários, são obrigadas a seguir todos os padrões de segurança definidos pelo Banco Central. O processo de transmissão de dados é realizado em um ambiente com várias camadas de segurança, que exige a autenticação do cliente e das entidades participantes, para que a pessoa saiba o que está compartilhando, com quem e por quanto tempo. Suas informações poderão ficar disponíveis em ambiente digital por até 12 meses, sendo possível o prazo ser estendido (mediante autorização do titular). Lembrando que a revogação pode ser feita a qualquer tempo pelo cliente. Os dados só poderão ser transmitidos se obedecidas as três etapas de segurança: Consentimento, Autenticação e Confirmação.

É importante destacar que a API é a peça-chave do Open Banking. Entendê-la é compreender como se dará a segurança na transmissão de dados no “sistema de banco aberto”. Tem dúvidas? Saiba mais sobre essa tecnologia e como é seu funcionamento.

API para leigos

A sigla API quer dizer “Application Programming Interface” ou, em português, Interface de Programação de Aplicação. Essa tecnologia consiste em um conjunto de rotinas e padrões de programação que permite que duas ou mais plataformas diferentes se comuniquem. Tal sigla pode até soar estranho a você, mas ela já faz parte da sua vida on-line.

Exemplos para entender como funciona uma API, na prática:

API de passagens aéreas
Ao acessar um portal comparador de passagens aéreas, basta que você informe os dados de viagem para que apareçam os voos de diversas companhias, não é mesmo? Isso ocorre porque o buscador tem integrado em seu código de programação as APIs das companhias aéreas. Esse “mini-sistema” acessa as informações do banco de dados da operadora e leva ao buscador. Na prática, isso faz com que o usuário não precise ir diretamente à página de cada companhia para verificar as passagens.

API de localização
As páginas de hotel, em geral, utilizam o recurso do Google Maps para mostrar a sua localização. Isso é possível por meio da API do Google Maps, que pode ser integrada ao código de uma página, possibilitando que o usuário tenha informações mais exatas a respeito do local da hospedagem. Isso agiliza o trabalho do programador, que não precisa desenvolver um sistema do zero para mostrar o endereço e, ao mesmo tempo, utiliza um produto já consolidado e com menor ocorrência de falhas.

API Open Banking
Agora que você já conseguiu visualizar alguns exemplos que mostram importância da API no mundo digital, vamos falar sobre API Open Banking. Essa tecnologia realiza a ponte entre o seu banco e a instituição autorizada a acessar seus dados. Neste caso, podemos citar a Belvo, companhia líder em APIs Open Finance da América Latina, a qual criou uma infraestrutura que conecta os maiores bancos desse mercado e permite a integração dessa tecnologia às plataformas das fintechs e demais instituições. Isso possibilita que as empresas tenham acesso às informações dos clientes nos bancos, de forma segura: a transmissão entre as instituições e o armazenamento de dados são criptografados (codificados) e apresentados no modo “leitura”, isso evita que os dados financeiros sejam visualizados por terceiros e/ou modificados. Vale ressaltar que a Belvo possui a certificação ISO 27001, sendo emitida por um auditor externo, o qual atesta o cumprimento dos mais de 100 requisitos definidos pela Organização Internacional de Normalização (ISO) para a implementação de um Sistema de Gestão da Segurança da Informação.

As fintechs e o cenário de Open Banking

Com o Open Banking, o acesso ao mercado financeiro tem se tornado mais igualitário, permitindo que novas empresas possam chegar a clientes que, anteriormente, ficavam restritos aos “bancões”. A possibilidade de integrar, em suas plataformas, APIs com rígidos protocolos de segurança, oferece competitividade tecnológica a essas instituições, que podem proporcionar melhor experiência ao usuário, aliada à segurança dos dados. Por isso, muitas startups vêm surgindo com serviços mais segmentados no ramo financeiro.

Nesse contexto, podemos mencionar a EmpreX, uma fintech especializada em empréstimo pessoal 100% digital, que oferece juros mais reduzidos e individualizados, tendo por base o ecossistema do Open Banking. A sua plataforma tem integração com o API da Belvo, o que garante a segurança da transação de dados e resulta em uma análise mais personalizada de cada cliente, para isso basta que seja autorizado o compartilhamento de dados bancários.

O usuário sai de uma realidade em que, para contratar empréstimo, é necessário submeter variados documentos (comprovação de sua capacidade financeira), para aquela em que seu perfil é analisado rapidamente, sendo oferecida uma solução de crédito mais adequada, com juros reduzidos.

Simule um empréstimo com a EmpreX para entender como compartilhar dados entre bancos pode te ajudar hoje a ter uma opção de empréstimo com juros mais baixos!

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